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Aos 17 anos, ex-aluno de escola pública passa 'de primeira' em engenharia na UFPR, Unesp, Un

Por Arthur Menicucci e Carol Giantomaso*, G1 Piracicaba e Região28/02/2018 07h00

Um ex-aluno da rede pública de Saltinho (SP) se surpreendeu ao receber os resultados dos vestibulares que prestou no fim de 2017: passou "de primeira" em cinco universidades, sendo quatro delas instituições públicas. Aos 17 anos, ele não esperava alcançar tão rápido o sonho que sempre teve: cursar Engenharia Civil.


Higor Daniel de Oliveira contou que passou o último ano do ensino médio se dedicando aos estudos para os vestibulares. Ele ia para a escola no período da manhã, passava cerca de duas horas estudando em casa no período da tarde e fazia um cursinho noturno. "Foi uma mescla dos dois. O cursinho foi mais para me aprofundar", afirmou.


Depois de receber parte dos resultados, o trabalho foi escolher em qual delas ia estudar. Primeiro ele optou pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e foi se matricular, mas quando estava a cerca de 30 quilômetros de Curitiba (PR), recebeu uma mensagem e ficou sabendo que tinha passado também na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


"Dei meia volta, porque era meu sonho", contou.


A Unicamp era a "cereja do bolo" do ideal de cursar Engenharia Civil, mas ele não esperava ser aprovado no curso que teve concorrência de 31,7 candidatos por vaga. Além de seguir o que sempre quis, a vantagem de estudar em Campinas (SP) é ficar próximo à família, como disse o jovem. "É mais próximo de casa e também é uma das melhores", disse.

Além da UFPR e da Unicamp, ele passou também na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp). Ele também prestou o vestibular para entrar na Universidade de São Paulo (USP) e foi o único que não "emplacou".

Apoio dos pais

Higor é o segundo da família a fazer ensino superior, mas o primeiro em instituição pública. A mãe dele é costureira e o pai caminhoneiro, e ambos não concluíram o ensino fundamental. "Eu sempre gostei de estudar e também sempre tive apoio dos meus pais", contou. "Eles falavam que se eu não passasse, tentava de novo depois", completou.

Mas nem sempre foi tão "leve", segundo ele. Até abril de 2017, os pais cobravam mais do filho, mas depois aliviaram para o lado dele. E foi uma boa escolha, já que a rotina de estudos de Higor já era "puxada" sozinha. "Eu estava bem apreensivo no final do ano, com medo de não passar", lembrou.

Com o estresse pré-vestibular virando passado, agora o jovem entra em uma nova fase. Ele se matriculou na Unicamp e já começou a frequentar as aulas para se tornar um engenheiro na última segunda-feira (26).

"Está sendo puxado, mas não impossível. Eu sempre gostei de exatas", disse.

O "segredo" para ter conseguido, tão jovem, ter passado em cinco instituições, foi o apoio. Segundo ele, nem em casa e nem na escola teve muita pressão. "Minha escola é muito boa se comparada com as outras escolas públicas, te dão um preparo e é humanitário", elogiou.

Prof. Me. Luís C. Simei
Consultor, auditor, palestrante e professor universitário

Professor com experiência de mais de 9 (nove) anos, lecionando disciplinas técnicas e de gestão, para cursos de pós-graduação, graduação e ensino técnico, nas áreas de tecnologia e engenharia.

Possui experiência industrial de mais de 20 anos, atuando em empresas de grande porte, nos segmentos de: cimentos, concretos, mineração, químicas e petroquímicas, em atividades de: operação e manutenção de utilidades, engenharia de manutenção, engenharia da confiabilidade e inspeção de equipamentos estáticos e dinâmicos.

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