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Lubrificação - Parte II

Características dos lubrificantes


Todos os lubrificantes, sólidos ou líquidos, contém características específicas, que visam conferir a sua aplicação, particularidades distintas. Particularidades estas que interferem diretamente na compatibilidade com o material de base, poder lubril, desempenho, custo e cuidados no armazenamento.


As principais características dos óleos lubrificantes são: viscosidade, índice de viscosidade (IV) e densidade.


a) Viscosidade

A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for um lubrificante (mais grosso), mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das mesmas. A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade.


b) Índice de viscosidade

O Índice de Viscosidade (IV) mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o IV, menor será a variação de viscosidade do óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura.


c) Densidade

A densidade indica a massa de um certo volume de óleo a uma certa temperatura. Esta é importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante, com a indicação de uma outra substancia (água, um solvente, etc).


O óleo lubrificante


Conforme define a IPIRANGA (s/d), a elaboração dos óleos lubrificantes faz-se através da mistura adequada de diferentes óleos básicos acabados obtidos após os processos de refinação. Estas misturas, feitas em proporções exatas para obtenção de viscosidades determinadas, são completadas com outros tratamentos e/ou aditivos, a fim de dotar o produto final com características especiais, que permitirão aos óleos satisfazerem todas as exigências nos casos para que são recomendados.


Composição dos óleos lubrificantes


Lubrificantes são substâncias utilizadas para reduzir o atrito, lubrificando e aumentando a vida útil dos componentes móveis dos motores.


Os óleos animais e vegetais raramente são usados isoladamente como lubrificantes, por causa da sua baixa resistência à oxidação, quando comparados a outros tipos de lubrificantes. Em vista disso, eles geralmente são adicionados aos óleos minerais com a função de atuar como agentes de oleosidade. A mistura obtida apresenta características eficientes para lubrificação, especialmente em regiões de difícil lubrificação.


Os óleos sintéticos são de aplicação mais restrita, pelo menos no que refere a aplicação automotiva pesada, em razão muitas vezes pelo seu elevado custo, e são utilizados nos casos em que outros tipos de lubrificantes (como no caso dos minerais) não têm atuação eficiente, principalmente em elevadas temperaturas. Seu uso porem é cada vez mais crescente na lubrificação de conjuntos, sistemas hidráulicos e grandes redutores. Na área automotiva, começa-se a notar uma drástica mudança de comportamento.


Os óleos minerais são os mais utilizados nos mecanismos industriais, sendo obtidos em larga escala a partir do petróleo. Em razão de custo, de facilidade com o trabalho e da permissividade para com contaminantes (exceto água e outros hidrocarbonetos), é a solução mais barata, mais fácil de ser trabalhada (estocagem, manipulação, etc) e mais facilmente disponível no mercado.


O óleo lubrificante pode ser formulado somente com óleos básicos (óleo mineral puro) ou agregados e aditivos. Inicialmente a lubrificação era feita com óleo mineral puro até a descoberta do aditivo.


Esta palavra às vezes é confundida pelo usuário. Quando se fala em aditivo o consumidor associa-o tão somente com os produtos comercializados em postos de serviço, e utilizados diretamente nos combustíveis (álcool, gasolina e diesel).


O aditivo que vamos citar aqui é utilizado na formulação do óleo lubrificante. O tratamento percentual recomendado pelos supridores de aditivos pode variar em média de 0,25 a 28% em volume. O óleo básico, por ser um dos principais componentes do lubrificante, apresenta elevado índice de influência no desempenho do mesmo.


Aditivos e suas aplicações


Aditivos são substâncias que entram na formulação de óleos e graxas para conferir-lhes certas propriedades. A presença de aditivos em lubrificantes tem os seguintes objetivos:


1. Melhorar as características de proteção contra o desgaste e de atuação em trabalhos sob condições de pressões severas;


2. Aumentar a resistência à oxidação e corrosão;


3. Aumentar a atividade dispersante e detergente dos lubrificantes;


4. Aumentar a adesividade;


5. Aumentar o índice de viscosidade.


Abaixo, segue a lista de alguns tipos de aditivos, mais utilizados na formulação de óleos lubrificantes e óleos hidráulicos:


a) Agentes Anti-desgaste, ou EP (Extrema Pressão);

b) Inibidores de oxidação;

c) Inibidores de corrosão;

d) Dispersantes;

e) Detergentes;

f) Emulsificantes;

h) Agentes de Oleosidade;

i) Modificadores de atrito;

j) Melhoradores de atrito;

k) Melhoradores dos Índices de Viscosidade;

l) Abaixadores do Ponto de Fluidez;

m) Veículos de transporte;

n) Controladores de odor;

o) Repelentes de água;

p) Coupling Agents.


Classificação dos lubrificantes.


Segundo a LUBRIN (s/d), o lubrificante é escolhido em função das características fornecidas pelo equipamento, com o conhecimento da composição dos óleos e das graxas, e observando-se as conclusões tiradas em serviços. Assim, óleos que operam sob altas temperaturas deverão possuir alto índice de viscosidade, e serem resistentes à oxidação, a fim de que a viscosidade se mantenha constante, e para evitar a formação de borras de oxidação.


Os lubrificantes podem ser:


a) Gasosos – como o ar;

b) Líquidos – como os óleos em geral;

c) Semissólidos – como as graxas e os sólidos (grafita, o talco, a mica etc).


Contudo, os lubrificantes mais práticos e de uso diário são os líquidos e os semissólidos, isto é, os óleos e as graxas. Estes, os óleos e as graxas, representam a quase totalidade de aplicação nos sistemas e conjuntos, e no que se refere à utilização de lubrificantes na área industrial, automotiva, entre outras.


Classificação dos óleos quanto à origem


Os óleos também são classificados também, como já mencionado acima, quanto à origem. Os óleos podem ser classificados em quatro categorias: 1. Óleos minerais, 2. Óleos vegetais, 3. Óleos animais e 4. Óleos sintéticos.


1. Óleos minerais – São substâncias obtidas a partir do refino do petróleo e, de acordo com sua estrutura molecular, são classificadas em: óleos parafínicos, óleos aromáticos ou óleos naftênicos.


2. Óleos vegetais – São extraídos de sementes: soja, girassol, milho, algodão, arroz, mamona, oiticica, babaçu etc.


3. Óleos animais – São extraídos de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc.


4. Óleos sintéticos – São produzidos em indústrias químicas que utilizam substâncias orgânicas e inorgânicas para fabricá-los. Estas substâncias podem ser silicones, ésteres, resinas, glicerinas etc.


Prof. Me. Luís C. Simei
Consultor, auditor, palestrante e professor universitário

Professor com experiência de mais de 9 (nove) anos, lecionando disciplinas técnicas e de gestão, para cursos de pós-graduação, graduação e ensino técnico, nas áreas de tecnologia e engenharia.

Possui experiência industrial de mais de 20 anos, atuando em empresas de grande porte, nos segmentos de: cimentos, concretos, mineração, químicas e petroquímicas, em atividades de: operação e manutenção de utilidades, engenharia de manutenção, engenharia da confiabilidade e inspeção de equipamentos estáticos e dinâmicos.

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