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PIB do Brasil cresceu 1,1% em 2018, o mesmo ritmo do ano anterior

Números confirmam expectativas e mostram segundo ano seguido de crescimento, ainda que fraco, da economia brasileira

São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% no 4º trimestre de 2018 em relação ao trimestre anterior, informou nesta quinta-feira (28) o IBGE.


Com isso, o crescimento fechado no ano de 2018 ficou em 1,1%, o mesmo resultado do ano anterior, levando o PIB a totalizar R$ 6,8 trilhões.


O resultado veio de acordo com as expectativas de economistas e mostra uma retomada modesta após as quedas fortes do PIB de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016.


Enquanto o segundo trimestre foi marcado pela greve dos caminhoneiros, no final do ano houve impacto de fatores como a incerteza eleitoral e o agravamento da crise na Argentina.


Os números do primeiro trimestre de 2019 têm sido mornos e a previsão para o ano é que o crescimento acelere para um patamar entre 2% e 2,5%.


Período de comparação PIB

4º Tri 2018 / 3º tri 2018 0,1%

4º Tri 2018 / 4º Tri 2017 1,1%

Valores correntes no ano (R$)6,8 trilhões

Setores

A principal contribuição para o crescimento em 2018 veio do setor de serviços, que responde por 75,8% da economia brasileira e avançou 1,3%. Todas as atividades neste setor cresceram.


A agropecuária ficou praticamente estável (0,1%), mas tinha como base de comparação uma safra recorde em 2017.


A indústria caiu no último trimestre, mas no balanço do ano cresceu 0,6%. O destaque foi a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos e segue a fraqueza do setor de construção.


Período de comparação Agropec. Indústria Serviços

4º Tri 2018 / 3º tri 2018 0,2% -0,3% 0,2%

4º Tri 2018 / 4º Tri 2017 2,4% -0,5% 1,1%

2018 sobre 2017 0,1% 0,6% 1,3%

Valores correntes no ano (R$)297,8 bi 1,3 tri 4,3 tri

Do lado da demanda, o consumo do governo ficou estável enquanto o consumo das famílias avançou 1,5%.


Segundo o IBGE, isso pode ser explicado por fatores como o comportamento benigno de indicadores como inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo do ano.


Houve avanço tanto na taxa de investimento (de 15% em 2017 para 15,8% em 2018) quanto na taxa de poupança (que foi de 14,3% para 14,5%).


Foi a primeira alta do investimento em 4 anos. Apesar de positivo, o dado também foi puxado para cima por uma revisão metodológica em que plataformas de petróleo passaram a entrar nessa rubrica.


As exportações cresceram 4,1% em relação ao ano anterior, mas as importações subiram ainda mais (8,5%), o que é esperado em momentos de retomada.

Veja os resultados do PIB e do PIB per capita (PIB dividido pela população) desde 2000:

Ano Alta do PIB Alta do PIB per capita

2000 4,40% 2,90%

2001 1,40% 0,0%

2002 3,10% 1,70%

2003 1,10% 0,10%

2004 5,8% 4,5%

2005 3,2% 2,0%

2006 4,0% 2,8%

2007 6,1% 5,0%

2008 5,1% 4,0%

2009 -0,1% -1,1%

2010 7,5% 6,5%

2011 4,0% 3,1%

2012 1,9% 1,0%

2013 3,0% 2,1%

2014 0,5% -0,3%

2015 -3,5% -4,4%

2016 -3,3% -4,1%

2017 1,1% 0,3%

2018 1,1% 0,3%

Prof. Me. Luís C. Simei
Consultor, auditor, palestrante e professor universitário

Professor com experiência de mais de 9 (nove) anos, lecionando disciplinas técnicas e de gestão, para cursos de pós-graduação, graduação e ensino técnico, nas áreas de tecnologia e engenharia.

Possui experiência industrial de mais de 20 anos, atuando em empresas de grande porte, nos segmentos de: cimentos, concretos, mineração, químicas e petroquímicas, em atividades de: operação e manutenção de utilidades, engenharia de manutenção, engenharia da confiabilidade e inspeção de equipamentos estáticos e dinâmicos.

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