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Dimensões do BIM: do 3D ao 7D e por que utilizar a tecnologia

31/07/2023


A tecnologia BIM vem ganhando cada vez mais destaque na construção civil e indica tendências para o futuro do setor. Ela apresenta avanços que vão desde a modelagem do projeto, durante a fase de planejamento, até a redução de custos do valor final da obra. Entenda as principais funções das dimensões do BIM e como elas podem se adequar à sua realidade, apoiando sua operação.


Na evolução contínua da indústria da construção, uma tecnologia vem se destacando e transformando a maneira como projetos são desenvolvidos, gerenciados e executados: o Building Information Modeling (BIM). Em suma, as dimensões do BIM, que se estendem do 3D ao 7D, tornam-se um diferencial inestimável, proporcionando uma visão ampliada e aprimorada dos projetos de construção.

Neste contexto, é comum muitos associarem o BIM, também conhecido por Modelagem de Informação da Construção, ao conceito de software. No entanto, devido às suas dimensões, ele é mais do que isso. Na prática, é uma tecnologia capaz de gerar objetos paramétricos interoperáveis. Ou seja, isso significa que as dimensões do BIM comunicam entre si.

Dessa forma, a compreensão aprofundada das dimensões do BIM é a chave para otimizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência em todo o ciclo de vida do projeto.

Pensando nisso, falaremos neste blog tudo o que você precisa saber sobre o BIM em todas as suas dimensões. Além disso, exploraremos os motivos pelos quais a adoção dessa tecnologia é crucial para o sucesso de qualquer projeto de construção.


O que é o BIM e como ele evoluiu ao longo de suas dimensões?


Como já adiantado, o BIM é um processo inteligente baseado em modelos 3D que oferece aos profissionais de arquitetura, engenharia e construção a visão e as ferramentas para planejar, projetar, construir e gerir edifícios e infraestruturas de maneira mais eficiente.

Entretanto, a “mágica” do BIM não se limita a essa definição simplificada. Dessa forma, para entender verdadeiramente o poder desta tecnologia, precisamos explorar as suas várias dimensões.

Em suma, as dimensões do BIM são uma maneira de descrever como essa tecnologia evoluiu ao longo do tempo para abordar diferentes aspectos da construção e gestão de edifícios. Além disso, o termo “dimensões” não se refere apenas ao espaço físico, mas também à inclusão de informações adicionais, como:

  • Tempo;

  • Custo;

  • ciclo de vida;

  • Gerenciamento de instalações.

Em resumo, a primeira dimensão, o BIM 3D, revolucionou a indústria da construção ao permitir a visualização de edifícios em três dimensões, ao invés de desenhos planos em duas dimensões. Isso melhorou a compreensão e a comunicação do projeto e reduziu os erros de construção.

Já a dimensão seguinte, o BIM 4D, adicionou a componente do tempo ao processo, permitindo uma programação mais precisa e o acompanhamento da progressão da construção ao longo do tempo. A 5ª dimensão trouxe a estimativa de custos, ajudando a manter os projetos dentro do orçamento.

Além disso, o BIM 6D introduziu a análise do ciclo de vida, permitindo que os profissionais de construção avaliem a sustentabilidade e a eficiência energética dos edifícios. Por fim, a 7ª dimensão, ainda em desenvolvimento em muitos lugares, se concentra na gestão de instalações, ajudando na manutenção eficiente dos edifícios depois de construídos.


Quais são as dimensões do BIM?


Como podemos perceber, a disruptiva tecnologia BIM trouxe diversos ganhos para os segmentos de arquitetura e engenharia. Dessa forma, ao permitir o controle preciso de cada etapa do processo de construção, ela trouxe mais precisão para os projetos.

Como vimos, existem diferentes interpretações para isso, porém é mais comum trabalhar com um total de 5 dimensões do BIM (3D, 4D, 5D, 6D e 7D). Pensando nisso, nós do Mais Controle listamos todas detalhadamente abaixo. Confira!

1. Dimensão 3D

Em suma, o 3D do BIM corresponde à modelagem do projeto. Dessa forma, é possível obter todas as informações fundamentais para se fazer a representação tridimensional da edificação. Consequentemente, a imagem que se tem é a mais real do produto final.

Além disso, essa visualização é essencial para poder fazer os ajustes de design do projeto, permitindo por exemplo a verificação de interferências dentre os projetos desenvolvidos para nortear a construção.

2. Dimensão 4D

Em resumo, esse “D’ está relacionado ao cronograma de execução da obra. Com esse recurso, é possível visualizar todo o processo de construção da obra nessa simulação para fazer ajustes ainda na fase de planejamento. Ou seja, esse “D” simula a execução da obra.

Por exemplo, suponhamos que a fase de acabamento já está em andamento. Então, a imagem 3D é atualizada conforme as etapas forem sinalizadas como concluídas. Geralmente, nessa integração o MS Project é o software que costuma ser mais usado pelo público.

3. Dimensão 5D

O 5D é um recurso que permite fazer o levantamento dos custos quantitativos de materiais do projeto, apresentando esses dados por fases. Dessa forma, essa integração é essencial para a gestão financeira inteligente dos empreendimentos.

Além disso, por meio dele, é possível fazer análises para tomadas de decisões, como a alteração do projeto inicial.

4. Dimensão 6D

Em resumo, o 6D tem a ver com o conceito de sustentabilidade e conforto. Dessa forma, seu objetivo é possibilitar que ainda em fase de projeto sejam feitas análise do que englobem a ideia de desenvolvimento sustentável economicamente.

Com isso, por meio dessa visão, é possível economizar recursos financeiros na utilização da construção após a conclusão da obra.

Por exemplo, é possível posicionar as janelas de uma sala para diminuir o consumo elétrico com iluminação e ventilação. Outro exemplo de sustentabilidade em construções é o uso de placas fotovoltaicas para a produção de energia.

5. Dimensão 7D

Por fim, conhecido por gestão de manutenção, o 7D é uma dimensão do BIM que gera outra modelagem tridimensional após a fase de construção. Essa etapa corresponde às informações fundamentais para os ciclos de manutenção as quais as instalações devem ser submetidas.

Dessa forma, é importante ter o modelo as built para que possa ter todo o cronograma de manutenção e reposição das peças e itens da construção.


Qual é a importância e os maiores benefícios do uso da tecnologia BIM?


Como podemos perceber, as dimensões do BIM desempenham um papel crucial na modernização da indústria da construção, trazendo inovações significativas que alteram a forma como os projetos são concebidos, executados e gerenciados.

Dessa forma, as vantagens de adotar a tecnologia BIM são numerosas e abrangentes. Confira as 5 principais abaixo!

1. Maior colaboração

Como vimos, o BIM permite um ambiente de trabalho colaborativo e interativo, em que todas as partes envolvidas têm acesso ao mesmo modelo e podem compartilhar informações em tempo real.

Dessa forma, isso promove a comunicação, a cooperação e a coordenação entre os diferentes profissionais envolvidos, resultando em uma abordagem mais integrada e eficiente para a realização de projetos de construção.

2. Redução de erros e retrabalho

Com o BIM, erros de projeto podem ser identificados e corrigidos durante a fase de planejamento, antes da execução. Isso minimiza o risco de erros caros e demorados no canteiro de obras, reduzindo consideravelmente a quantidade de retrabalho necessário.

3. Aumento da Eficiência

Em suma, a adoção das dimensões do BIM permite uma visualização precisa do projeto, acompanhamento da progressão, estimativa de custos, análise de ciclo de vida e gestão de instalações.

Consequentemente, isso resulta em processos mais eficientes, permitindo que os projetos sejam entregues no prazo e dentro do orçamento estipulado.

4. Otimização dos Processos

Além disso, o BIM oferece uma visão detalhada e holística de todo o projeto, facilitando a tomada de decisões e a otimização dos processos de construção. Com o BIM, é possível realizar análises mais precisas, como simulações de desempenho e estudos de viabilidade, que ajudam a melhorar a qualidade e a eficácia dos projetos.

5. Sustentabilidade

Por fim, o BIM 6D permite uma análise de ciclo de vida mais aprofundada, incluindo a avaliação do desempenho energético dos edifícios. Isso incentiva a adoção de práticas de construção mais sustentáveis, promovendo uma indústria da construção mais amigável ao meio ambiente.

Dessa forma, a importância do BIM se revela no seu poder de transformar a indústria da construção. Com suas várias dimensões, ele permite uma abordagem mais inteligente, eficiente e sustentável da construção.


O meu negócio deve usar o BIM?


Se você atua no segmento da construção civil é essencial que o seu negócio disponha de ferramentas para desenvolver projetos cada vez mais precisos. Certamente, com a tecnologia das dimensões do BIM, a sua empresa tem muito a ganhar. Além disso, é possível a integração a um software de construção que tenha outros recursos essenciais e complementares para a sua operação.

Analisando uma questão de Custo x Benefício, uma pesquisa feita pelo Stanford University Center for Integrated Facilieties Engineering em 32 projetos, apontou reduções reais de custos com o uso do BIM. Em resumo, foram elas:

  • Eliminação de até 40% das mudanças orçamentárias não previstas;

  • Estimativas de custo com imprecisões de até 3%;

  • Até 80% de redução de tempo gasto na elaboração de estimativas de custo;

  • Até 7% de redução no tempo de projeto.

Desafios e considerações ao utilizar o BIM


Apesar de todo o potencial que as dimensões do BIM apresentam para a indústria da construção, é fundamental entender que a implementação desta tecnologia também traz consigo alguns desafios. Dessa forma, compreender e antecipar esses obstáculos pode ser a chave para uma transição bem-sucedida e eficiente para o BIM, como por exemplo:

  • Curva de Aprendizado: aprender a usar efetivamente novas ferramentas e metodologias leva tempo, e pode ser necessário investir em treinamento para garantir que toda a equipe tenha as habilidades necessárias para usar o BIM efetivamente;

  • Padronização dos Processos: para maximizar os benefícios do BIM, é crucial desenvolver e implementar padrões consistentes para como as informações são criadas, compartilhadas e gerenciadas. Isso pode ser um desafio, especialmente em projetos que envolvem várias partes interessadas com diferentes sistemas e práticas;

  • Investimento em Hardware e Software: os softwares BIM precisam ser mantidos atualizados, o que pode implicar custos adicionais. Embora o retorno do investimento possa ser significativo a longo prazo, o custo inicial pode ser um obstáculo para algumas empresas;

  • Integração com Sistemas Existentes: muitas empresas já possuem sistemas de gerenciamento de projetos em vigor. Integrar o BIM com esses sistemas existentes pode ser complexo e requer planejamento cuidadoso para evitar interrupções;

  • Cultura Organizacional: a mudança para o BIM não é apenas uma mudança tecnológica, mas também uma mudança cultural. Isso pode exigir uma mudança de mentalidade em toda a organização e uma vontade de abandonar as antigas formas de fazer as coisas.

Embora esses desafios possam parecer desanimadores, eles não devem desencorajar a adoção do BIM. Em vez disso, devem ser vistos como passos necessários na jornada para uma construção mais eficiente e sustentável.


O futuro do BIM


Com o avanço contínuo das tecnologias e a crescente demanda por construções mais eficientes e sustentáveis, as dimensões do BIM têm um futuro brilhante pela frente. Dessa forma, a tendência é que a tecnologia BIM se torne cada vez mais integrada e automatizada, proporcionando soluções mais inteligentes para a indústria da construção.

Pensando nisso, nós do Mais Controle separamos algumas tendências emergentes que podem moldar o futuro do BIM. Confira!

1. Integração com Tecnologias Emergentes

Primeiramente, a tendência é que o BIM se torne cada vez mais integrado com outras tecnologias emergentes. Por exemplo, a Realidade Virtual (VR) e a Realidade Aumentada (AR) estão sendo usadas para visualizar modelos BIM de maneira mais imersiva e interativa.

Além disso, a Internet das Coisas (IoT) pode ser usada para coletar dados em tempo real dos edifícios, fornecendo informações valiosas para a manutenção e a operação eficiente dos edifícios.

2. Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina

Com a ajuda da Inteligência Artificial (IA) e do aprendizado de máquina, o BIM pode se tornar mais inteligente e preditivo. Dessa forma, isso pode permitir análises mais precisas e automatizadas, ajudando a otimizar a eficiência e a sustentabilidade dos edifícios.

3. BIM na Nuvem

Em suma, a computação em nuvem está tornando o BIM mais acessível e colaborativo. Com o BIM na nuvem, os modelos e os dados podem ser acessados e compartilhados de qualquer lugar, facilitando a colaboração entre as equipes.

4. BIM e Construção Sustentável

Como vimos, à medida que a indústria da construção se move em direção à sustentabilidade, o BIM será uma ferramenta crucial para alcançar esse objetivo.

Dessa forma, o BIM pode ajudar a projetar edifícios mais eficientes em termos energéticos, a escolher materiais de construção mais sustentáveis e a reduzir o desperdício de construção.

5. Padronização Global do BIM

Por fim, à medida que o BIM se torna cada vez mais prevalente, é provável que vejamos a padronização global dos processos e das práticas do BIM. Isso facilitará a colaboração internacional em projetos de construção e ajudará a garantir a qualidade e a consistência dos projetos de BIM.

Portanto, o futuro do BIM parece promissor, com inúmeras oportunidades para melhorar a eficiência, a colaboração e a sustentabilidade na indústria da construção. Além disso, as dimensões do BIM continuarão a evoluir, trazendo novas possibilidades e desafios.






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Prof. Me. Luís C. Simei
Consultor, auditor, palestrante e professor universitário

Professor com experiência de mais de 9 (nove) anos, lecionando disciplinas técnicas e de gestão, para cursos de pós-graduação, graduação e ensino técnico, nas áreas de tecnologia e engenharia.

Possui experiência industrial de mais de 20 anos, atuando em empresas de grande porte, nos segmentos de: cimentos, concretos, mineração, químicas e petroquímicas, em atividades de: operação e manutenção de utilidades, engenharia de manutenção, engenharia da confiabilidade e inspeção de equipamentos estáticos e dinâmicos.

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