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ROSCAS BSP E NPT – DIFERENÇAS E MELHOR APLICAÇÃO DE CADA UMA

Por: Casa das Válvulas MG


As roscas BSP e NPT, respectivamente, British Standard Pipe e National Pipe Thread, são muito utilizadas em sistemas de tubulações e geralmente confundidas pelos profissionais técnicos na hora de diferenciar uma da outra.


Em ambas as situações, a vedação dessas roscas se dá pelo aperto dos filetes e adição de um vedante. Contudo, entre esses dois modelos existem diferenças de aplicação, que resultarão no êxito e segurança da conexão.


Mas como identificar cada um dos modelos em questão? Como escolher qual é a melhor aplicação para o projeto a ser implementado? E como as roscas BSP e NPT são especialmente aplicadas nos principais componentes industriais? Nesse artigo vamos te mostrar tudo isso. Acompanhe!


Normas técnicas para roscas BSP e NPT


As normas técnicas aplicáveis à indústria regulamentam componentes e equipamentos para resguardar a qualidade e a segurança da operação, além de facilitar a identificação de componentes e acessórios usados no dia a dia. Além disso, com padrões bem estabelecidos, cria-se uma maior facilidade para manutenções e reposições de todo tipo de peças.


As normas técnicas são estabelecidas de acordo com um consenso de pesquisadores e especialistas na área, aprovadas por Instituições nacionais ou internacionais. Portanto, usar das especificações pode ser um bom caminho para a diferenciação entre as roscas BSP e NPT.


A rosca NPT é especificada pelas normas ANSI B1.20.1 e NBR 12912 (igual a ANSI).


Já as normas para rosca BSP são: ISO 7/1; NBR ISO 7.1 (que substituiu a NBR 6414). EN 10226 (DIN EN 10226 é a versão em alemão da EN 10226, que substituiu a DIN 2999); BS 21; BS EN 10226 e JIS B 0203.


A BS 21 é a mais antiga norma ainda em vigor. Sua primeira versão foi desenvolvida em 1905, passando por algumas revisões em 1909, 1938, 1957, 1973 e 1985. Embora ainda seja válida, normalmente a mesma é substituída pela BS EN 10226.


Como as roscas BSP e NPT são aplicadas?


Roscas são filetes em torno de uma superfície cilíndrica com a principal função de encaixar perfeitamente dois materiais por meio de movimento helicoidal. Partindo desse ponto básico, cada qual terá sua anatomia especial, o que facilitará na diferenciação entre um modelo e outro.


A rosca BSP, por exemplo, no que se refere à anatomia, ao contrário da NPT, é paralela e pode ser rosqueada até o final da área desenvolvida durante sua fabricação.


Em contrapartida, a rosca NPT, também chamada rosca cônica, é mais usada em conexões de tubulações de água, gás etc. Por exemplo, ao realizar uma conexão que use rosca NPT em um furo roscado, chegará um momento em que o diâmetro da rosca do parafuso começará a ficar maior do que o furo, o que resultará em uma trava/vedação para o processo.


A rosca BSP é recomendada para instalações domiciliares, prediais, assim como industriais, e só pode ser usada em tubos nos quais os diâmetros externos sejam iguais aos recomendados pela norma 5580 (DIN 2440/2441).


Já a NPT, por ser mais robusta que a BSP, poderá atender a requisitos mais elevados de pressão e confiabilidade. Esse tipo de rosca deve ser aplicada apenas em tubos cujos diâmetros externos sejam iguais aos indicados pela norma NBR 5590 (ANSI B36.10).


Identificando a melhor conexão para válvulas e tubulações


Existem vários tipos de conexões de extremidade que válvulas e tubulações podem ter. A partir das aplicações para as quais os equipamentos estão sendo usados, é possível escolher o tipo ideal de conexões. As formas mais comuns de extremidade de válvulas e tubulações são as seguintes:


Conexões de extremidade com roscas BSP e NPT


Neste tipo de conexão, a válvula é ligada a um tubo por meio de roscas. É, sem dúvida, o tipo mais básico de conexão válvula-tubo e é usado principalmente em instrumentos relativamente pequenos (menos de 2 polegadas) e em sistemas de baixa pressão.


Ao contrário de outros tipos de ligações, elos roscados não requerem peças adicionais, como parafusos e porcas, para manter a conexão adequadamente segura. Isso ajuda a tornar essa opção a mais barata e rápida de se executar.


Existem 2 (dois) tipos de rosqueamento: roscas internas e externas, em roscas paralelas (BSP) e cônicas (NPT). A grande maioria das válvulas usam a conexão de rosca cônica. Como nem tudo são flores, apesar de uma instalação rápida e barata, as conexões roscadas podem ser difíceis de consertar em caso de vazamento e muitas vezes exigem substituição.


Resumindo:

  • A conexão roscada é geralmente usada para tubos menores que 50 mm. Se for maior que 50 mm, recomendamos o uso de flanges e outros métodos de conexão.

  • A conexão roscada é dividida em padrões G, NPT, BSPP, BSP, bem como roscas macho e fêmea.

  • A conexão roscada é adequada para tubulações de baixa pressão e também tem preço mais baixo.


Conexões de extremidade usando flanges


O uso de conexões flangeadas para válvulas e tubulações é muito comum, independentemente dos níveis de pressão e do tamanho dos equipamentos. Uma vez que são uma das mais fáceis de serem instaladas ou desinstaladas durante manutenções ou ampliações de sistema, as fazem uma das mais usadas.


Um ponto importante a ser mencionado sobre esses tipos de conexões é que, as válvulas flangeadas têm grande facilidade no dia a dia. Entretanto, também são mais volumosas e mais caras do que as válvulas com roscas BSP e NPT, por isso são adequadas para conexões de tubos de todos os tamanhos e pressões. Assim, instalações de grande porte geralmente usam a conexão flangeada.


Alguns modelos mais comuns usados nas indústrias são válvulas esfera flangeadas e válvulas borboleta flangeadas, onde são amplamente utilizadas no tratamento de águas residuais, papel e celulose, estaleiros e outras aplicações que geralmente requerem conexão flangeada por causa da praticidade e segurança.


Outro ponto importante a ser mencionado sobre esses tipos de conexões é que elas são fixadas com vários parafusos. Portanto, precisam de menos torque de aperto do que o necessário para uma conexão com roscas BSP e NPT nas extremidades, por exemplo. Consequentemente, as conexões de extremidade flangeadas podem ser usadas com eficácia para vários tipos de válvulas.


Conexões de extremidades soldadas


Para esse tipo de conexão, a válvula é soldada diretamente no sistema de tubulação para criar uma junta mais apertada e sem vazamentos. Esse sistema costuma ser mais caro do que as conexões flangeadas, mas garantem uma conexão de ponta entre tubos, válvulas e conexões (como curvas, tês, cruzetas, entre outros).


As conexões soldadas são normalmente usadas em áreas onde a selagem do sistema é vital para a segurança ou continuidade do processo e o estanque de vazamentos é crucial, como em sistemas de tubulação de alta pressão e também alta temperatura.


Existem dois tipos principais de conexões soldadas:


  1. Solda com soquete – As conexões com soquete trabalham de modo a ter uma extremidade de espigão plana com o tubo. Elas são usadas ​​em válvulas feitas de aço e em aplicações que exigem pressão ou temperatura mais altas. Além disso, precisam considerar tubos que não requerem desmontagens repetidas. Assim, o soquete garante conexões à prova de vazamentos por um longo período de tempo.

  2. Solda de topo – As conexões de topo são fabricadas de forma que cada extremidade da válvula seja chanfrada para coincidir com a espessura e o chanfro do tubo. Depois disso, as duas extremidades são conectadas à tubulação e seladas.


São utilizadas em válvulas de aço e, por possuírem maior resistência, são perfeitas para serem utilizadas em aplicações que requerem alta pressão ou temperatura. Além disso, são ideais para todos os tipos de válvulas e para uso em áreas onde a desmontagem repetida não é necessária.




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Prof. Me. Luís C. Simei
Consultor, auditor, palestrante e professor universitário

Professor com experiência de mais de 9 (nove) anos, lecionando disciplinas técnicas e de gestão, para cursos de pós-graduação, graduação e ensino técnico, nas áreas de tecnologia e engenharia.

Possui experiência industrial de mais de 20 anos, atuando em empresas de grande porte, nos segmentos de: cimentos, concretos, mineração, químicas e petroquímicas, em atividades de: operação e manutenção de utilidades, engenharia de manutenção, engenharia da confiabilidade e inspeção de equipamentos estáticos e dinâmicos.

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